Politica

Cachoeira e demais acusados na Monte Carlo prestam depoimento à Justiça

postado em 25/07/2012 17:47
Carlos Cachoeira presta depoimento na tarde desta quarta-feira (25/7) em audiência na Justiça Federal de Goiânia. Após manobra dos advogados de defesa para evitar interrogatório, o juiz Alderico Rocha Santos indeferiu requerimentos e determinou o início do interrogatório do bicheiro e demais acusados na tarde de hoje.

Ao ser chamado pelo juiz, o bicheiro elogiou o desembargador Tourinho Neto, que em 12/6 manifestou-se a favor da liberdade imediata de Cachoeira. "Virei um leproso jurídico. Hoje quem me deu voto foi só o desembargador Tourinho", disse. Cachoeira continuou: "que inclusive chamou os outros de justiceiros, mas um dia tudo vai ser esclarecido e eles vão saber quem eu sou.;

O processo da Operação Monte Carlo tem mais de 80 réus, mas foi desmembrado em duas partes para agilizar a tramitação em relação àqueles que estavam detidos preventivamente. Atualmente, só Cachoeira e Gleyb Ferreira, um de seus assistentes, estão presos.

Os réus que foram presos e agora respondem em liberdade são Idalberto Matias de Araújo, José Olímpio de Queiroga Neto, Lenine Araújo de Souza, Raimundo Washington de Sousa Queiroga e Wladimir Garcez. Todos foram convocados para depor nessa fase do processo. Geovani da Silva, que tem ordem de prisão decretada, está foragido desde a deflagração da Operação Monte Carlo, no dia 29/2.

Lenine Araújo, apontado como contador da organização criminosa, foi o primeiro a depor. Ele afirmou que é primo de Cachoeira e já trabalhou com o bicheiro, mas se recusou a responder se habilitou o rádio Nextel no exterior. Quando questionado sobre as apurações da Monte Carlo, Lenine negou as acusações e diz que as provas não têm legalidade. Apesar de não responder perguntas, ele comentou sobre a prisão. "Fiquei 25 dias em isolamento, sem visita, um verdadeiro calabouço", reclama. [SAIBAMAIS]


O ex-vereador de Goiânia, Wladmir Garcez, afirmou que conheceu outros denunciados na chácara de Cachoeira, mas se recusou a responder perguntas sobre a Monte Carlo. Ao ser questionado sobre seu estado civil, ele respondeu apenas "pois é" e arrancou risos do juiz e dos outros presentes na audiência.

O empresário José Olímpio Queiroga, Raimundo Washington e Idalberto Matias, o Dadá, prestaram depoimentos rápidos.

A defesa dos réus tem 10 dias para alegações finais.

Informações de Josie Jeronimo

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação