Enviada Especial
postado em 26/07/2012 07:23
Goiânia ; Com o término das audiências de instrução ontem, a previsão do juiz Alderico Rocha do Santos é que, até o fim de agosto, seja estipulada uma sentença para Carlinhos Cachoeira e os outros sete réus denunciados no processo da Justiça Federal de Goiás que apura a formação de uma quadrilha para explorar jogos de azar no estado, com cooptação de agentes públicos. O magistrado explicou que, a partir de hoje, os advogados de defesa têm três dias para apresentar pedidos de diligências de supostas pendências do processo, que podem ser acatados ou não. Se nenhuma diligência for autorizada, a defesa terá 10 dias para as alegações finais e, a partir daí, o trabalho de análise da pena do bicheiro será iniciado. Caso o juiz considere Cachoeira culpado por todos os crimes denunciados pelo Ministério Público, ele pode ser condenado a 20 anos de prisão, afirma a procuradora da República Léa Batista. Os demais réus podem receber penas de 15 a 10 anos, ainda segundo projeção dos procuradores.
[SAIBAMAIS]De acordo com o magistrado, os réus que ainda estão presos ; Cachoeira e Gleyb Ferreira da Cruz ; voltariam ainda ontem a Brasília. Segundo Alderico, se não estivesse com a prisão decretada no outro processo que responde ; referente à Operação Saint-Michel ;, a dupla poderia ganhar liberdade imediata. A conclusão do interrogatório dos acusados também abre brecha para a revogação da prisão preventiva, medida que pode beneficiar Cachoeira e Geovani Pereira, apontado como contador da quadrilha, que está foragido desde fevereiro. Os advogados de Geovani pediram a revogação da prisão, mas o juiz a rejeitou. Entretanto, o magistrado afirmou que o relaxamento do pedido de prisão pode ocorrer em breve devido ao fim das audiências, pois o contador não poderá mais prejudicar a instrução do julgamento. Geovani foi o único dos réus a escapar da série de interrogatórios de ontem, na sede da Justiça Federal em Goiânia.