Politica

Ex-diretor do DFTrans nega conhecer réus em depoimento à Justiça do DF

postado em 01/08/2012 15:54
O ex-diretor administrativo-financeiro do DFTrans, Milton Martins, citado em conversas do grupo de Cachoeira, é a segunda testemunha a depor nesta quarta-feira (01/8), na audiência de instrução do processo da Operação Saint-Michel.

Milton nega conhecer os réus do processo, mas disse ter assistido a uma apresentação de Gleyb Ferreira, suposto braço direito de Cachoeira. O ex-diretor entregou à Justiça um pen drive com a apresentação, que mostra um projeto de sistema de bilhetagem. Milton informou que o governo do Distrito Federal encampou o sistema de bilhetagem que passou a ser operado pelo DFTrans e explicou que, hoje, o sistema é operado pela empresa Transdata.

Reiterando não conhecer os réus, Milton diz que foi afastado preventivamente do DFTrans, após a Operação Sanit-Michel citar seu nome, e so conheceu a Delta após a Operação Monte Carlo expor a autação da empresa.

Mais cedo, o secretário de transportes do Distrito Federal, José Walter, também disse que não conhece o bicheiro Carlinhos Cachoeira, mas confirmou conhecer Claudio Abreu, ex-diretor da Delta.

Por determinação da juíza Ana Cláudia Costa Barreta, a imprensa está proibida de acompanhar a audiência. Cachoeira chegou acompanhado por diversos policiais, mais magro e vestindo uma camisa branca. Segundo o TJDFT, Cachoeira entrou algemado, mas a juíza pediu que as algemas fossem retiradas do réu.

A audiência ocorre em plena crise entre a defesa e Cachoeira. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e a advogada Dora Cavalcanti Cordani apresentaram, na terça-feira (31/7), uma petição de renúncia como representantes do bicheiro na ação penal em curso na 5; Vara Criminal de Brasília.

[SAIBAMAIS]Mesmo assim, ficaram mantidos para esta tarde os depoimentos dele e dos outros sete acusados de formação de quadrilha e tráfico de influência no sistema de bilhetagem eletrônica do transporte coletivo do Distrito Federal. Pela lei, os advogados precisam continuar na defesa do cliente até 10 dias após deixarem o caso.

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