Gleyb Ferreira, considerado o braço direito de Carlos Cachoeira, confirmou que trabalha para o contraventor, avaliando as empresas que o grupo de Cachoeira pretende fazer negócios. Segundo ele, Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, o procurar para saber se Cachoeira tinha interesse em participar da licitação para o sistema de bilhetagem.
De acordo com Gleyb, Dagmar Alves Duarte, suposto lobista que trabalhava como o grupo do bicheiro, foi quem entrou em contato com Cachoeira para avaliar seu interesse em investir no sistema de bilhetagem. Caso o negócio fosse fechado, Gleyb assumiu que ganharia uma comissão.
Segundo a testemunha, Cachoeira queria 50% dos negócios para indicar a Delta para a licitação. Isso explica a gravação telefônica na qual o bicheiro aparece dizendo ;tem que ser cinquenta, cinquenta;.
Após o promotor ler um trecho transcrito de uma gravação telefônica, Gleyb diz que o Milton citado pelo bicheiro na conversa não era Milton Martins, ex-diretor do DFTrans, afastado do cargo por denúncias da Operação Saint-Michel e testemunha do processo.[SAIBAMAIS]
Carlos Cachoeira, que acompanhou maior parte dos depoimentos de hoje, foi retirado da sala para que a juíza pudesse interrogar Gleyb. No final da oitiva, os advogados de Gleyb Ferreira pediram para que sua prisão fosse substituída por uma medida cautelar, mas o Ministério Público pediu vistas e adiou a decisão.
A audiência terminou por volta das 17h45, sem que Cachoeira fosse ouvido. O bicheiro e as demais testemunhas que não foram interrogadas hoje, devem se apresentar na sessão marcada para o dia 29/8. A Justiça espera que duas testemunhas, que serão ouvidas por carta precatória, se manifestem antes da audiência para novos depoimentos.
A imprensa foi proibida de acompanhar a sessão, todas as informações foram repassadas pelo twitter oficial do Tribinal de Justiça do Distrito Federal e Territótios, TJDFT.