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CPMI do Cachoeira retoma os trabalhos com depoimento de Andressa Mendonça

Na retomada dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, Andressa Mendonça, será a primeira a ser ouvida pela comissão. Ela é mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, principal alvo de investigação dos parlamentares.

Andressa comparece à comissão na condição de investigada. Sua defesa chegou a apresentar uma petição para dispensa, no entanto, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), negou o pedido e ela terá de comparecer à CPMI. Andressa não apresentou habeas corpus para garantir o direito ao silêncio. No entanto, esse direito é garantido a ela pela Constituição Federal.

A convocação de Andressa foi aprovada na condição de testemunha na primeira fase de trabalhos da CPMI. No entanto, após denúncias de que ela estaria chantageando o juiz titular do caso, Alderico Rocha Santos, da 11; Vara Federal de Goiânia, sua condição mudou para investigada no caso.

De acordo com o magistrado, Andressa se ofereceu para evitar a divulgação na imprensa de um dossiê contra ele em troca da liberdade de Cachoeira. Andressa também é suspeita de atuar como laranja do esquema criminoso supostamente liderado por seu marido, que está preso desde o dia 29 de fevereiro em Brasília.

Além de Andressa, a comissão também marcou para hoje o depoimento do policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto. Ele é apontado como espião da organização criminosa. Ele havia sido convocado no início de julho, mas apresentou atestado médico.

Thomé comparecerá à CPMI na condição de testemunha, mas munido de um habeas corpus que garante a ele o direito de ficar calado.

Esta semana, outros dois depoentes conseguiram liminares no Supremo garantindo esse direito. É o caso da ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio, e do contador Rubmaier Ferreira de Carvalho. O depoimento dos dois está marcado para a amanhã (8/8).