Politica

"Vou permanecer em silêncio", diz a mulher de Cachoeira, na CPI

postado em 07/08/2012 11:35
A mulher do contraventor Carlos Cachoeira, Andressa Alves Mendonça, seria a principal atração na sessão desta terça-feira (7/8) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Andressa deveria depor na condição de investigada, mas limitou-se a repetir que não iria falar, a despeito das argumentações dos deputados e senadores.



"Vou recorrer a meu direito constitucional de permanecer em silêncio", disse Andressa, logo no início da oitiva, mesmo diante do microfone que teimava em não funcionar. Sua presença na bancada da comissão durou menos de cinco minutos. Mesmo diante da possibilidade de depor em sessão secreta, sem a presença da imprensa, ela não falou e foi liberada.

O policial federal aposentado Joaquim Thomé, apontado como responsável pela realização de escutas clandestinas para a organização criminosa de Cachoeira também não quis falar, mesmo depondo como testemunha e também foi liberado. Sem mais o que tratar, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI, encerrou a sessão.

Cachoeira e Cascata
Antes da chegada daquela que ficou conhecida como "musa da CPI", era grande a movimentação de curiosos na comissão. Um deputado fazia piada: "Ela não precisa nem falar, mas, por mim, Andressa ficaria o dia inteiro aqui".

"Em vez de musa da CPI, ela passa a fazer parte de uma nova dupla, Cachoeira e Cascata", disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), na abertura da sessão, relatando que recebeu ligações anônimas ameaçadoras em seu gabinete. "Quero saber onde e quando recebi dinheiro de Cachoeira", disparou Abreu.

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