postado em 08/08/2012 07:00
A Polícia Federal encaminhou à CPI mista do Cachoeira uma lista com os nomes de 45 pessoas que faziam parte do chamado ;Clube do Nextel;, mecanismo de acesso direto via rádio entre o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e seus subordinados. O esquema de comunicação ficou conhecido após o ex-senador Demóstenes Torres, apontado como braço político da quadrilha, ser flagrado em diálogos com o contraventor. No relatório detalhado que chegou à comissão recentemente, entre os usuários identificados dos equipamentos, aparecem seis assessores diretos do chefe da quadrilha, dois advogados, cinco sócios do contraventor nas casas de jogos, três ex-funcionários da Delta, dois ex-assessores do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), seis policiais, quatro integrantes que faziam a articulação com o legislativo e outros quatro não identificados. Alguns usuários não foram enquadrados em nenhuma categoria específica da organização criminosa.
No chamado núcleo policial do Clube Nextel, estão listados o ex-delegado-geral da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pinto, o ex-comandante-geral da Polícia Militar de Goiás coronel Carlos Antônio Elias, o policial militar identificado apenas como Ananias, que repassava informações para a quadrilha, o delegado da Polícia Federal Fernando Byron, um policial militar do Distrito Federal identificado como Índio ou Jairo e um tenente-coronel da PM goiana conhecido apenas como Japonês. Entre os familiares de Cachoeira, utilizavam o rádio Nextel o ex-cunhado do contraventor Adriano Aprígio de Souza, a ex-mulher Andrea Aprígio de Souza e filhos, e dois irmãos identificados como Júlio e Marco.