postado em 21/09/2012 07:46
O episódio da prisão em flagrante W.T.N., de 35 anos, servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que conseguiu ;hackear; 238 senhas de investigadores do órgão, está sendo tratado pela Presidência da República com absoluto sigilo. Um dia depois de o Correio revelar que o oficial técnico de inteligência foi preso em flagrante, dentro de sua sala na própria instituição, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se fechou para não expor ainda mais a fragilidade da proteção de informações sigilosas. Ontem, o ministro chefe do GSI, general José Elito Carvalho, tratou do assunto em várias reuniões. Para auxiliares, o ministro demonstrou grande insatisfação com a divulgação do caso.
[SAIBAMAIS]O Correio apurou que o espião W.T.N. foi empossado recentemente na Abin e ainda estaria em estágio probatório. De acordo com a legislação brasileira, os servidores do órgão têm prerrogativa de sigilo de informações pessoais e funcionais pela natureza da atividade desempenhada. No fim da tarde de ontem, a Polícia Federal encaminhou nota à imprensa confirmando as informações publicadas na reportagem. No comunicado, a PF ressalta que ;foi acionada pela Direção-Geral da Agência Brasileira de Inteligência na tarde da última sexta-feira, informando que um servidor daquele órgão estava acessando informações sigilosas restritas que não poderiam ser divulgadas a terceiros. Uma equipe de policiais federais compareceu à sede da Abin no mesmo dia e verificou a ocorrência de flagrante de possívelviolação de sigilo funcional, tendo em vista que o acesso daquelas informações era restrito;, diz a nota.