postado em 23/09/2012 07:30
Enquanto os petistas se desdobram nesses dias decisivos para tentar angariar espaço eleitoral em meio ao julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff dedicará a semana à agenda externa. Ela desembarca hoje nos Estados Unidos, onde participará da abertura da 67; Assembleia Geral das Nações Unidas na terça-feira. Anos-luz distante do julgamento e das eleições, ela aproveitará o discurso a título de contraponto à situação dos antigos líderes de seu partido no Supremo Tribunal Federal. Lembrará, por exemplo, que, enquanto alguns países fecham postos de trabalho, o Brasil consegue criar oportunidades de emprego, mas que tudo isso seria melhor se houvesse um reforço ao ;multilateralismo;, tanto no contexto econômico quanto político, em especial, para uma solução pacífica dos conflitos que se agravam no dia a dia de diversas nações.Dentro do governo brasileiro há a certeza de que as grandes nações estão falhando como intermediadoras de conflitos. Não venceram o que o Palácio do Planalto chama de ;desafios da paz;. Na Síria, não conseguiram acabar com a guerra civil do regime de Bashar Assad. E também ainda não encontraram um caminho seguro para sair da crise econômica que afeta em especial a Europa. Nem mesmo a participação da Palestina como estado-membro da ONU chega a um desfecho, em especial por causa das pressões de Israel.