postado em 25/09/2012 11:39
O discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a 67; Assembleia Geral das Nações Unidas, foi direcionado à defesa da democracia e da liberdade de expressão, além de destacar a crise no Oriente Médio. Ele condenou o preconceito contra a religião muçulmana e também a onda de ataques às representações diplomáticas dos Estados Unidos, causada por um filme islamofóbico, ao classificá-lo de ;insulto; e de ;incitação à violência;. Ele demonstrou total respeito aos que se ofenderam com o fato e protestaram nos últimos dias. ;Sempre vou defender o direito que eles têm de fazer isso;.
Obama lamentou que nem todos os países que participam da assembleia compartilham do entendimento do que é liberdade de expressão e também lembrou que esforços devem ser feitos para que todos sejam respeitados. ;Não há uma expressão que justifique uma violência. Não há palavra que justifique a morte de inocentes;, disse.
[SAIBAMAIS]Em sua fala, Obama citou o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, morto em Benghazi durante protesto no começo do mês. Prometeu encontrar os autores do crime. "Os ataques contra nossos civis em Benghazi foram ataques contra os Estados Unidos. Não deve existir dúvida de que perseguiremos sem descanso os assassinos e os levaremos à justiça", disse Obama. Também destacou que a ação não foi apenas contra os EUA, mas contra os ideais da ONU. "Hoje, devemos declarar que a violência e a intolerância não tem espaço nas Nações Unidas", disse.
Sobre o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, Obama ressaltou que o sanções devem ser feitas contra Damasco, caso prossiga com a guerra civil. ;O futuro não deve pertencer a um ditador que massacra seu povo", destacou. Afirmou ainda que houve avanços desde o início da Primavera Árabe e que a agitação recente no mundo muçulmano demonstra a dificuldade de alcançar uma verdadeira democracia. "Os eventos das últimas duas semanas nos falam da necessidade que todos temos de enfrentar as tensões entre Ocidente e um mundo árabe que avança para a democracia".
Com informações da France Presse