postado em 28/09/2012 09:23
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu nessa quinta-feira (27/9) a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em discurso na Universidade de Harvard, ela reiterou a necessidade de os dois órgãos refletirem o mundo atual, e não o de mais de meio século atrás. A presidente também justificou as medidas econômicas adotadas pelo governo argentino para conter a evasão de dólares do país.Cristina Kirchner lembrou que o Conselho de Segurança foi criado após a 2; Guerra Mundial para manter o controle sobre o terrorismo internacional e, portanto, representava o mundo daquela época. O Brasil e vários países defendem a ampliação de 15 para 25 o número de vagas no órgão. Assim como o Brasil, a Argentina pleiteia um assento permanente no conselho.
"[Há] um novo cenário, a fotografia da 2; Guerra Mundial mudou. Não tenho a pretensão de ter a solução, mas levanto a questão como um desafio para um projeto que nos permita construir uma sociedade mais justa e igualitária", disse. Para a presidente argentina, a atual estrutura do Conselho de Segurança não leva à solução de problemas, pois as decisões são tomadas por alguns países e não pelo conjunto de nações. Ela se referiu diretamente à polêmica envolvendo a crise na Síria, que dura 18 meses. Para os Estados Unidos, o ideal é aprovar a intervenção militar no país.
[SAIBAMAIS]Há três dias, a presidente Dilma Rousseff, na abertura da 67; Assembleia Geral das Nações Unidas, reiterou a defesa em favor da ampliação do Conselho de Segurança ; que é formado por 15 países e tem apenas cinco assentos permanentes ; e de várias instituições internacionais.
Na palestra em Harvard, Cristina Kirchner respondeu a perguntas dos estudantes. Ela justificou as medidas econômicas adotadas na Argentina para conter a evasão de dólares. Segundo a presidente, a Argentina registra uma elevada quantidade de dólares enviados para os Estados Unidos. A presidente negou que tenha aumentado o próprio patrimônio, após assumir o governo.