Politica

Prisão de oficial da Abin traz à tona atrito entre órgãos de inteligência

Agentes da Abin relatam ao Correio detalhes das rusgas constantes com o Gabinete de Segurança Institucional, ao qual devem se reportar. Eles querem que a agência seja desvinculada do GSI

postado em 01/10/2012 06:05
Servidores da Agência Brasileira de Inteligência afirmam que há uma tentativa de militarização da atividade
O episódio da prisão de um oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na semana passada, jogou luz sobre uma guerra nem sempre silenciosa travada entre a agência e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão da Presidência da República ao qual a Abin se reporta. Agentes ouvidos pelo Correio não escondem a irritação com o general José Elito, chefe do GSI, pelo que consideram ser uma tentativa de militarização do segmento civil do Sistema Brasileiro de Inteligência.

;Há uma direta e clara tentativa de implantar na agência o Estatuto dos Militares. Isso é facilmente percebido. Até por aqueles que estão na Abin há pouco tempo. Quase sempre existem conflitos de competência e a última palavra é sempre do GSI. É uma espécie de intervenção branca;, afirma um oficial de inteligência da Abin que falou ao jornal sob condição de anonimato.

Agentes da Abin relatam ao Correio detalhes das rusgas constantes com o Gabinete de Segurança Institucional, ao qual devem se reportar. Eles querem que a agência seja desvinculada do GSI

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