postado em 15/10/2012 08:01
O futuro político do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) está nas mãos do colega e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG). Um parecer da Corregedoria da Câmara recomendando a cassação do tucano aguarda encaminhamento para o Conselho de Ética da Casa há três meses, e agora foi limitado ao resultado da CPI. A decisão de livrar Leréia da Justiça pode também forçar sua absolvição política. Mas Cunha, que acompanhou o trabalho da Corregedoria, já dá sinais de que o caso não será ignorado. Na última terça-feira, quando prestou depoimento ao colegiado e reafirmou a amizade com o bicheiro, Leréia intrigou o relator. ;São vínculos comprometedores. É uma relação muito semelhantes à de Demóstenes Torres com Cachoeira;, declarou, comparando a situação à do ex-senador cassado em julho, justamente por conta da ligação com o contraventor.A comissão de sindicância da Corregedoria analisou por três meses a possível relação dos deputados Leréia, Sandes Júnior (PP-GO) e Rubens Otoni (PT-GO) com Carlinhos Cachoeira e concluiu que apenas o tucano deveria ser investigado por quebra de decoro. ;Ficou claro que eles (Leréia e o bicheiro) mantinham não só uma relação muito próxima de amizade, mas também de negócios;, afirmou o relator do caso de Leréia na comissão, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). ;A diferença em relação ao Demóstenes é que o Leréia não mentiu nem negou em momento algum sua ligação com Cachoeira;, acrescentou.
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