postado em 23/10/2012 08:30
Depois de enfrentar contratempos e mudar de mãos duas vezes dentro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o processo que pede o afastamento do senador cassado Demóstenes Torres do cargo de procurador de Justiça em Goiás deve ser finalmente julgado amanhã pelo colegiado. O procedimento, que corre sob relatoria do corregedor nacional do Ministério Público, Jeferson Coelho, foi apensado a uma reclamação disciplinar apresentada pelo próprio corregedor nacional por conta das relações entre Demóstenes e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira ; motivo da cassação do mandato de senador.Os atrasos na tramitação do procedimento acabaram dando uma sobrevida a Demóstenes no MP. O processo foi protocolado no conselho em 27 de agosto, atendendo a pedido assinado por 84 promotores de Justiça e procuradores da República e do Trabalho com atuação em Goiás, alegando constrangimento com o retorno do senador cassado aos quadros da instituição judicial. Primeiro relator apontado para cuidar do caso, o conselheiro Fabiano Augusto da Silveira, ocupante da vaga do conselho destinada ao Senado, declarou-se impedido para a função por razões de ;foro íntimo;, 19 dias depois de receber a incumbência. Pouco depois de assumir a relatoria, a conselheira Maria Ester Tavares também se afastou da tarefa e enviou o procedimento para Jeferson Coelho.