postado em 09/11/2012 08:15
Diante da insatisfação dos prefeitos nordestinos em virtude da seca, que atinge mais de 10 milhões de pessoas, e da queda no repasse relativo ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a presidente Dilma Rousseff desembarca hoje em Salvador para anunciar um pacote de R$ 1,7 bilhão em investimentos de ampliação da oferta d;água. É o PAC-Prevenção. Nesta primeira fase, são R$ 1,06 bilhão do Ministério da Integração Nacional e R$ 655,3 milhões do Ministério das Cidades. Com o clima político de absoluto enfrentamento, a liberação dos recursos para 120 municípios, incluindo o estado de Minas Gerais, é estratégica. A situação está tão delicada que prefeitos pernambucanos decidiram fechar as portas das prefeituras e entrar em greve durante os cinco dias úteis da próxima semana. Para mostrar que as cidades estão à míngua, apenas serviços de saúde e de limpeza urbana vão funcionar.
Durante encontro com todos os governadores do Nordeste, Dilma vai ouvir várias lamentações e, logo em seguida, detalhar onde vai ser investido o montante liberado. Em portaria publicada no Diário Oficial da União de ontem, assinada pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), são listadas 33 intervenções. Os termos de compromisso para minimizar os efeitos da estiagem com a construção e a ampliação de barragens, implantação de adutoras e sistemas de abastecimento beneficiam todos os estados do Nordeste, com exceção do Maranhão, e ainda municípios do norte de Minas Gerais.