Paulo de Tarso Lyra
postado em 27/11/2012 06:09
A presidente Dilma Rousseff considera que as medidas tomadas pelo governo nos dois últimos dias ; as exonerações dos servidores envolvidos na Operação Porto Seguro e o pente-fino em todos os contratos questionados pela Polícia Federal ; são suficientes para afastar a crise do Palácio do Planalto. Na última sexta-feira, a Polícia Federal desmontou uma quadrilha que vendia pareceres jurídicos para empresários com negócios em diversos órgãos reguladores, como as agências nacionais de Águas (ANA), de Aviação Civil (Anac) e de Transportes Aquaviários (Antaq).Dilma reuniu os ministros mais próximos por duas vezes nas últimas 48 horas. No sábado, no Palácio da Alvorada, exonerou todos os indiciados na operação, incluindo a chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e o número dois da Advocacia-Geral da União (AGU), José Weber Holanda Alves. Ontem, nova reunião, desta vez no Palácio do Planalto, para definir as medidas anunciadas ao longo do dia.
Segundo apurou o Correio, Dilma avalia que, após essas ações, não há por que se questionar o governo quanto à operação. A partir de agora, caberá aos indiciados a tarefa de dar explicações sobre os fatos em relação aos quais estão sendo investigados. Além disso, a presidente quis dar um recado bem claro aos subordinados. A caneta presidencial seguirá impiedosa para combater o ;malfeito;, termo que costuma utilizar. Depois de um primeiro ano de governo tumultuado pelas sucessivas demissões de ministros, Dilma está sendo orientada por especialistas a dar respostas rápidas em momentos de crise.