Juliana Braga
postado em 03/12/2012 06:12
Convocado para falar amanhã, às 10h, no Congresso sobre a Operação Porto Seguro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem uma tarefa árdua. Ao mesmo tempo em que terá de marcar posição e defender a atuação da corporação que comanda, a Polícia Federal, deverá isolar o governo Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ; neste caso para evitar reflexos no Planalto. No roteiro ideal para os governistas, Cardozo acrescentará pouco além do que já foi divulgado sobre a operação da PF.
Os esclarecimentos serão prestados nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Seu discurso será centrado na defesa da atuação ;republicana; da Polícia Federal, que teria comandado uma operação de Estado, não de governo. Cardozo tentará destacar que ninguém foi poupado. Assim pretende acalmar os ânimos da oposição que insiste em chamar a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary de Noronha e os diretores da Anac e da ANA, Rubens e Paulo Vieira.