postado em 05/12/2012 08:04
Sem acordo entre os líderes partidários, a votação do relatório da CPI do Cachoeira foi adiada em uma semana. Marcada inicialmente para hoje, a análise do texto ficou para a terça-feira da semana que vem. Enquanto o grupo de parlamentares chamado de independente cobra do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), a inclusão de informações mais contundentes a respeito de 21 empresas que receberam dinheiro da empreiteira Delta, uma ala do PMDB se articula para derrubar o texto, blindando o dono da Delta, Fernando Cavendish, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Sob pressão, Cunha esticará a corda numa tentativa de garantir a aprovação de seu relatório.
O relator passou os últimos dias conversando com parlamentares de diferentes partidos. Em busca de um consenso, Cunha já decidiu alterar dois pontos do relatório. Ele desistiu da recomendação ao Conselho Nacional do Ministério Público para investigar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e retirou o nome de cinco jornalistas do texto. Para os independentes, no entanto, falta ainda a inclusão de informações mais detalhadas sobre 21 empresas ligadas à Delta que não tiveram o sigilo quebrado pela CPI. ;Queremos aprovar o texto, mas ele deve acrescentar esses dados;, diz o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP).