postado em 12/12/2012 16:11
A Justiça Federal em São Paulo encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Procuradoria Geral da República e a Câmara, parte do processo da Operação Porto Seguro, onde há indícios de envolvimento de autoridades com prerrogativa de foro. O material foi entregue pela juíza substituta da 5; Vara Criminal, Adriana Freisleben de Zanetti, que não quis revelar quem seriam as pessoas. A operação, desencadeada pela Polícia Federal no final de novembro, revelou um esquema de tráfico de influência, que tinha como uma das integrantes, a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha.
A Justiça Federal não revela o nome das autoridades suspeitas de envolvimento com o caso, mas as investigações da PF mostraram relação do deputado Waldemar Costa Neto (PP-SP) com um dos suspeitos, mas não mostra se o parlamentar integrava o esquema. A Polícia Federal indiciou o ex-diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima, acusado de corrupção passiva. O executivo deixou o posto na semana passada. Além dele, foram indiciados, servidores da Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Advocacia-Geral da União, Ministério da Educação, Secretaria do Patrimônio da União e gabinete da presidência da República em São Paulo.
Segundo a juíza Adriana Zanetti, o caso será mantido em segredo de justiça. ;Por haver sigilo nos autos, os nomes dos envolvidos e o teor do material enviado não serão divulgados pela Justiça Federal;, diz comunicado da 11; Vara Criminal de São Paulo.