Paulo de Tarso Lyra
postado em 14/12/2012 06:03
As palavras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na França, pedindo apoio a empresários ;se um dia voltar a ser candidato;, foram interpretadas por petistas e aliados mais como uma ameaça ou balão de ensaio do que, propriamente, a disposição de concorrer a um cargo eletivo em 2014. Lula não esconde de pessoas próximas a irritação sobre o envolvimento do nome dele em denúncias, como as novas acusações feitas pelo publicitário Marcos Valério e a deflagração da Operação Porto Seguro que levou à exoneração da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha. ;O recado é claro dele: ;se continuarem me perturbando, vou para as ruas;;, disse um integrante do comando do PT.Em seu discurso, Lula lembrou que sempre provocou medo entre o empresariado antes de ser eleito presidente em 2003. Ficou famosa a frase do então presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Mário Amato, em 1989, afirmando que, se Lula ganhasse as eleições, haveria uma fuga dos responsáveis pelo PIB brasileiro. ;Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o país;, afirmou, à época. Segundo o expresidente, os empresários certamente não votaram nele ;por medo;, acrescentando ter hoje ;orgulho de dizer que eles nunca ganharam tanto dinheiro na vida; ou geraram tanto emprego quanto na sua gestão.