Frutos de intensas discussões no governo e apontados como os novos carros-chefe da gestão Dilma Rousseff, os planos de Investimento em Logística anunciados este ano estão sendo considerados por especialistas como perigosos para a imagem do país. Dilma dedicou parte do ano na elaboração de políticas voltadas à área de infraestrutura, com o objetivo de minimizar os gargalos que alimentam o chamado custo Brasil. Segundo empresários e analistas, essas dificuldades travam o crescimento do país e espantam investidores. Portos, aeroportos, rodovias e ferrovias receberão um aporte ambicioso de recursos públicos e privados. Serão R$ 209 bilhões ao longo de 25 anos. Mas o longo prazo de maturação dos investimentos e o formato da gestão desse dinheiro preocupam especialistas.
Para coordenar a execução dos planos, a presidente criou uma nova estrutura burocrática, batizada de Empresa de Planejamento e Logística (EPL), sob comando do ex-presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo. A ideia é não mais tocar obras de forma isolada.