Politica

Planalto quer votar peça orçamentária antes da eleição da Mesa Diretora

A principal preocupação é de que o feriado esvazie o Congresso e atrapalhe a aprovação do texto

Paulo de Tarso Lyra
postado em 11/01/2013 07:00
Discussão do Orçamento de 2012: naquele ano, não houve problema para aprovar a matéria. Este ano, falta de acordo traz dor de cabeça ao governo

Articuladores políticos do governo tentarão antecipar a votação do Orçamento de 2013 de 5 de fevereiro para o dia anterior. Vários fatores influenciam nessa estratégia, mas o principal deles é o receio de que, após a eleição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, não haja quórum em Brasília em uma terça-feira que antecede o carnaval. Além disso, sempre há o risco de uma mágoa decorrente dos derrotados nas disputas pelos principais cargos das duas Casas ou a falta de empenho daqueles que já tiverem alcançado seus objetivos políticos.



O governo sabe que o Orçamento deste ano, cujo relator é o senador Romero Jucá (PMDB-RR), terá uma votação mais difícil do que a de 2012, sendo praticamente inviável um acordo de líderes para a aprovação simbólica da matéria, como já aconteceu em outros exercícios. Os embates com a oposição serão inevitáveis. Hoje, PSDB, DEM e PPS protocolam uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da validade da Medida Provisória 598, que abriu crédito extraordinário de R$ 42,8 bilhões para obras previstas na peça orçamentária.

A principal preocupação é de que o feriado esvazie o Congresso e atrapalhe a aprovação do texto

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