Paulo de Tarso Lyra
postado em 13/01/2013 07:25
Considerada a ministra mais bonita da Esplanada, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, odeia quando a sua descrição começa pela exaltação às características físicas. ;É uma forma de esvaziar as qualidades;, reclama ela, que já admitiu, contudo, ter feito plástica nos seios após amamentar, aplicações de botox para amenizar as rugas e orações para que o tempo passe mais devagar. Tenta fugir, mas, desde cedo, a beleza a persegue: o nome Gleisi é uma homenagem à princesa de Mônaco, Grace Kelly. Não aparenta os 46 anos que tem, mantém o estilo de menina do nariz arrebitado e quase sempre deixa uma impressão errada aos seus interlocutores. ;Não se engane. Passar a Gleisi para trás é quase impossível;, avisa um assessor palaciano.
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Gleisi não é alta, mas manda que nem gente grande. Durante a primeira semana de janeiro, praticamente comandou o país enquanto a presidente Dilma Rousseff estava de férias na Base Naval de Aratu (BA), e o vice-presidente Michel Temer permaneceu em São Paulo. ;Na primeira reunião ministerial do ano passado, a presidente deixou claro que Gleisi seria sua grande interlocutora ao avisar que os ministros deveriam reportar-se a ela;, lembrou o assessor.
O terceiro ano do mandato da presidente também passará, necessariamente, pelo gabinete de Gleisi. É dela a responsabilidade de colocar em prática os ambiciosos planos de concessão de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias anunciados por Dilma em 2012. Reuniões intermináveis, viagens ao exterior para conhecer as experiências de outros países, leitura de estudos e pareceres técnicos. No fim do ano passado, indagada sobre dicas de livros para as horas vagas, a ministra respondeu, meio desapontada: ;Ultimamente só leio relatórios sobre portos;.