Paulo de Tarso Lyra
postado em 18/01/2013 07:00
Depois de apontar os rumos da administração de Fernando Haddad em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará com Dilma Rousseff até o fim do mês para afinar o ritmo do governo federal nesta segunda metade do mandato presidencial. Com um Produto Interno Bruto (PIB) claudicante; obras do PAC e da Copa do Mundo em ritmo sofrível; empresários receosos de investir; e uma classe política ressentida de maior atenção, Dilma ainda surfa nos altos índices de popularidade, mas, segundo aliados, é preciso adotar medidas preventivas para evitar problemas futuros. ;Não podemos deixar que o discurso da oposição de desconstrução da gerentona cole no imaginário da população;, disse um petista com bom trânsito no governo.Neste ponto, Lula, que voltou à cena depois de um mergulho no fim do ano passado ; provocado, principalmente, pelos desdobramentos do julgamento do mensalão e pela deflagração da Operação Porto Seguro ;, poderá dar dicas preciosas à presidente, segundo pessoas próximas a ele. ;Lula conversava, tentava convencer no debate de ideias. Não há nada mais afrodisíaco para um político do que saber que tem a atenção do presidente da República;, declarou um dirigente partidário. Ele lembra que, durante o governo Lula, muitos parlamentares chegavam a tuitar os encontros presidenciais. ;Essa mensagem, na base eleitoral dos parlamentares, valia ouro. Hoje, essa relação é inexistente;, lamentou o dirigente político.