Ivan Iunes
postado em 25/01/2013 12:28
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia contra o deputado federal Júlio Campos (DEM-MT), suspeito de ser o mandante de dois assassinatos ocorridos em 2004, no estado de São Paulo. O pedido de abertura de uma ação penal contra o parlamentar foi encaminhado nesta quinta-feira (24/1) ao Supremo Tribunal Federal (STF).O relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello, que, em agosto do ano passado, definiu que o nome do parlamentar apareceria de forma completa no andamento do inquérito instaurado no STF em abril de 2012. Antes, apareciam apenas as iniciais JJC, de Júlio José de Campos.
O inquérito apura a participação do deputado nos assassinatos do empresário brasileiro Antônio Ribeiro Filho e do geólogo húngaro Nicolau Ladislau Ervin Haraly. Ambos teriam sido mortos a mando do parlamentar em meio a uma disputa por terras onde são produzidos diamantes, em Mato Grosso.
Júlio Campos vem negando o suposto envolvimento com os crimes. Segundo a denúncia, ele teria sido o mandante dos homicídios e teve como objetivo se apropriar das terras produtoras de pedras preciosas.
Defensor de Júlio Campos, o advogado Paulo Fabrinny Medeiros, afirma que ;a denúncia é absolutamente infundada;. ;O deputado tinha relação de estreita amizade com a vítima Antônio Ribeiro e sequer conhecia o Nicolau. Não teria motivo nenhum para matar nenhum dos dois;, disse o advogado.
Ele acrescenta que a investigação da Polícia Civil de São Paulo não encontrou nenhuma ligação do deputado com as pessoas condenadas pela execução dos crimes e argumenta que a quebra de sigilo telefônico não apontou qualquer relação do parlamentar com os autores do crime.