postado em 05/02/2013 06:17
Homenageados com salvas de tiros de canhão e tropas perfiladas na solenidade de reabertura dos trabalhos do Congresso, os novos presidentes da Câmara e do Senado se preparam para o primeiro teste de fogo de sua relação com o Palácio do Planalto, hoje, com a tentativa do governo de destravar a votação do Orçamento Geral da União deste ano.
A sessão conjunta do Congresso para apreciar o Orçamento foi anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e está marcada para as 17h. Até lá, o governo terá de criar ambiente para derrubar a obstrução prometida pela bancada da oposição, que defende a votação do Orçamento somente depois de apreciados os cerca de 3 mil vetos presidenciais que aguardam o posicionamento da Casa. ;Alguém vai deixar de apreciar os vetos dos royalties, que são de interesse de todos os estados, para votar o Orçamento? Quero saber se a pressão do governo será maior que a vontade dos estados;, desafiou o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).
Para tanto, o Planalto terá que apaziguar a própria base de sustentação, que aproveita o atraso na votação do Orçamento para cobrar a liberação de emendas parlamentares ainda relativas a 2012. ;Se não teve empenho das emendas por algum problema do governo ou dos ministérios, podemos reabrir essa discussão para buscar honrar os acordos;, disse ontem a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.