postado em 17/02/2013 07:00
Enquanto gasta R$ 7 milhões por ano com o pagamento de auxílio-moradia a deputados federais que não conseguem vaga nos apartamentos funcionais, a Câmara mantém quatro dos 18 prédios de que dispõe ; 132 apartamentos ; inteiramente vazios à espera de uma possível reforma que nem data tem para começar. O valor de mercado médio de cada apartamento desocupado gira em torno de R$ 1,8 milhão. No bloco L da 202 Norte, dois apartamentos são usados como escritório, onde trabalham diariamente nove funcionários da Casa. O restante do prédio não está disponível para moradia.A reportagem do Correio visitou o prédio em que funciona a Coordenação de Habitação da Câmara, um braço do departamento que administra os imóveis funcionais dos deputados. No bloco de fachada moderna e com boa pintura, há 24 apartamentos de, aproximadamente, 200 metros quadrados cada um. Os únicos que estão abertos ficam no terceiro andar e foram unificados para o funcionamento do escritório. Por lá, servidores da Casa cuidam de questões práticas das habitações dos parlamentares, como encaminhamento de pedidos de manutenção. Até julho do ano passado, o prédio também servia como depósito de entulho e material de construção, mas, após a prática ser denunciada, o bloco foi esvaziado.
Imobiliária da Câmara
Apartamentos funcionais
432 em 18 blocos do Plano Piloto
300
Imóveis ocupados
132
Imóveis vazios, distribuídos entre quatro blocos em reforma e quatro que esperam licitação
R$ 9 milhões
Gasto anual com manutenção, limpeza e pagamento de funcionários dos apartamentos:
R$ 38,4 milhões
Custo da reforma dos quatro blocos em obras
200 deputados recebem auxílio-moradia de R$ 3 mil por mês ; custo anual de R$ 7 milhões