Helena Mader
postado em 19/02/2013 07:17
O empenho da sociedade para interferir nos rumos da política cresceu de forma exponencial com o uso das redes sociais. E esse poderio popular será colocado à prova mais uma vez. Depois da Lei da Ficha Limpa, um sucesso de mobilização que reuniu 1,6 milhão de assinaturas, representantes da sociedade civil lançam hoje em Brasília o projeto para a Lei das Eleições Limpas. Diante da inércia do Congresso Nacional para aprovar novas regras de moralização dos pleitos no Brasil, o objetivo é fazer uma reforma política de iniciativa popular. O grupo que conduzirá o processo de coleta de assinaturas é o mesmo que idealizou a Lei da Ficha Limpa e inclui entidades como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).O movimento quer reunir 1,3 milhão de assinaturas em dois meses para enviar o projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso até o fim de abril. A grande mobilização nas redes sociais em torno do abaixo-assinado contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que conseguiu 1,5 milhão de assinaturas, motivou os organizadores. A ideia agora é incitar os cidadãos a fazerem uma campanha nacional em prol da nova lei, que tem como proposta central a proibição de que empresas financiem eleições no Brasil. A primeira reunião da comissão de elaboração do projeto de lei será promovida na manhã de hoje, na sede nacional da OAB, em Brasília.