postado em 21/02/2013 15:05
A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, deu posse nesta quinta-feira (21/2) aos novos membros do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). Composto por 19 representantes de órgãos governamentais e 19 de organizações da sociedade civil, o conselho é responsável por acompanhar e avaliar o desenvolvimento da política nacional para inclusão das pessoa com deficiência.Depois de assumirem o cargo, os novos conselheiros elegeram o presidente e o vice-presidente do colegiado para os próximos dois anos (2013-2015). Seguindo o regimento, que prevê a alternância entre Poder Público e sociedade civil à frente do órgão, coube ao governo indicar o candidato à presidência. O secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José do Nascimento Ferreira, seria o único candidato, mas a dubiedade quanto à natureza dos conselhos estaduais e municipais permitiu que o presidente do conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Maranhão, Dylson Ramos Bessa Júnior, inscrevesse sua candidatura.
Com o apoio do governo, Ferreira foi eleito com 33 votos contra os 5 obtidos por Ramos. Ferreira vai suceder Moisés Bauer, representante da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB). Para a vice-presidência foi eleita a representante da Federação Nacional das Associações Pestalozzi, Ester Alves Pacheco Henriques.
;O grande desafio é continuarmos trabalhando para que a sociedade brasileira compreenda a pessoa com deficiência como cidadã com direitos. Uma pessoa que não é digna de piedade, mas sim alguém que necessita de oportunidades;, declarou o novo presidente do conselho à Agência Brasil. Ferreira destacou a intenção de aprofundar o debate sobre as principais questões que afetam as pessoas com deficiência, assim como promover o constante aprimoramento das formas de controle social e de fortalecimento da política nacional que, segundo ele, ainda precisa de muitos avanços.
;É preciso avançarmos na construção de uma rede [social de proteção] eficaz, capaz de dar as respostas nos estados;, acrescentou Ferreira, ressaltando a necessidade de o conselho buscar ampliar a interação com a sociedade civil. ;É necessário nos abrirmos mais para o debate. Conseguirmos arrastar para cá os grandes temas. E também nos fazermos ouvir pela sociedade e pelo governo, além de fortalecer essa rede que começa a se formar com a criação de conselhos nos estados e em municípios, embora, até agora, só tenhamos alcançado 10% das cidades brasileiras;, ressaltou o novo presidente do conselho.