Paulo de Tarso Lyra
postado em 27/02/2013 06:04
Depois da antecipação em 19 meses da sucessão presidencial de 2014, agora são as precoces campanhas aos governos estaduais que provocam atritos entre as legendas, principalmente PT e PMDB. Aliados no plano nacional, eles enfrentam problemas em três dos quatro estados do Sudeste ; Rio, São Paulo e Minas Gerais. No Rio, o clima de rompimento tornou-se explícito após o PT definir a candidatura de Lindbergh Faria para suceder Sérgio Cabral (PMDB). Em inserções na televisão, já com o toque do marqueteiro João Santana, o senador fluminense não só apresentou seu nome como fez grandes críticas à gestão do governador peemedebista. ;Eles (o PT) têm a quinta bancada na Assembleia Legislativa, mas ocupam secretarias importantes no governo. Como podem criticar agora um governo do qual fazem parte?;, reclamou o deputado federal Leonardo Piciani (PMDB-RJ).
Leonardo é filho do presidente estadual do PMDB, Jorge Piciani. Na segunda-feira, Jorge divulgou uma nota dura, afirmando que a cisão entre PT e PMDB no Rio prejudica a candidatura presidencial de 2014 de Dilma Rousseff, alegando a impossibilidade de dois palanques para a presidente no estado. ;Podemos até apoiar a presidente. Mas não podem cobrar entusiasmo da nossa militância. Em 2010, após Cabral ter obtido 70% dos votos em primeiro turno, Dilma recebeu 67% dos votos no segundo turno presidencial;, lembrou Leonardo.