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Confederação dos Municípios diz que derrubar vetos não será fácil

Segundo o presidente da confederação, caso o veto seja derrubado, quase R$ 4 bilhões serão divididos entre todos os estados brasileiros e o Distrito Federal

postado em 05/03/2013 14:27
Brasília - O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, disse nesta terça-feira (5/3) que não espera uma votação tranquila do veto dos royalties do petróleo na sessão do Congresso Nacional, marcada para a noite desta terça-feira. Para ele, a exigência de quórum qualificado para a análise de um veto presidencial ; metade mais um em cada Casa Legislativa- e o fato da votação ser secreta tornam a derrubada mais difícil.

;Não vai ser fácil porque há uma pressão muito grande de setores importantes da mídia, de governadores que entraram mais pesado e do próprio governo [federal]. Tudo leva a crer que nós vamos conseguir derrubar, mas não estou tão otimista;, admitiu Ziulkoski.

Segundo o presidente da confederação, caso o veto seja derrubado, quase R$ 4 bilhões serão divididos entre todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Apesar do interesse da maior parte das unidades federativas na derrubada do veto, não foi organizada nenhuma grande manifestação de municípios não produtores para o horário da votação.


Para pressionar o Congresso Nacional, a estratégia usada é outra. Além de encontros pessoais com os parlamentares, os prefeitos também estão telefonando e enviando mensagens. ;Nosso trabalho é esse que estamos fazendo desde sexta-feira. Cada prefeito em contato com seu deputado federal e seu senador. Isso foi o que mudou a ultima votação me plenário;, disse.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), não comentou a ameaça de obstrução de parlamentares do Rio de janeiro e do Espírito Santo ; maiores interessados na manutenção dos vetos - que pode inviabilizar a sessão. Renan disse que umas de suas preocupações até o horário da votação será convencer os líderes dos partidos de que um número maior de parlamentares possa discursar durante a sessão.

;O regimento traz regras e a expectativa é que a votação seja tranquila. É importante que a maioria se expresse, mas nós não podemos deixar que atropele a minoria. Depois de quatro senadores falarem e seis deputados, o requerimento de qualquer líder pode encerrar da discussão para votação. Meu propósito é negociar um pouco para que nós possamos aumentar o número de oradores que discutirão a matéria. Acho que isso irá acontecer;, disse o presidente.

Segundo as regras divulgadas ontem (4) sobre a votação dos vetos, cada orador inscrito terá 20 minutos para falar. Ao todo, 140 dispositivos referentes ao projeto de partilha dos royalties (PLS 448/2011) serão analisados.

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