Politica

Votação do veto dos royalties ocorrerá "de qualquer maneira", avisa Renan

O presidente do Senado disse votação já foi marcada e desmarcada algumas vezes e é importante que a análise seja feita

postado em 06/03/2013 14:12
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (6/3) que hoje a votação do veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que projeto que redistribui os royalties do petróleo vai ocorrer ;qualquer forma;. Segundo Renan, essa votação já foi marcada e desmarcada algumas vezes e é importante que a análise seja feita. ;É uma resposta que o Congresso dará a sociedade com relação ao cumprimento do seu papel;, disse.

[SAIBAMAIS]Nessa terça-feira (5/3) a votação foi adiada porque a Mesa do Congresso não incluiu na cédula de votação, distribuída a deputados e senadores, dois dispositivos vetados pela presidenta Dilma. O erro aconteceu porque, na época dos veto, o Executivo não justificou esses dois itens. A correção foi republicada em uma edição extra do Diário Oficial da União e os pontos corrigidos foram lidos ainda na sessão de ontem e serão incluídos nas cédulas da votação prevista para hoje. Ao todo a análise envolverá 142 dispositivos. Apesar da disposição do presidente do Congresso em votar a questão, para parlamentares que representam o Rio de Janeiro e Espírito Santo ; estados produtores de petróleo ;, a republicação dos vetos não implica apenas correções e adendos.



Segundo o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), cada dispositivo deve ser analisado como um veto. Por isso, o parlamentar diz que a inclusão de ;dois novos vetos; exige novo prazo de 30 dias para análise. O tempo, na avaliação de Molon, seria necessário para que uma nova comissão mista fosse instalada para analisar a matéria e emitir parecer sobre o assunto. ; Nós vamos passar o dia em reuniões e vamos fazer tudo para impedir a votação. Vamos entrar em obstrução e já temos a estratégia com todos os instrumentos regimentais para que a votação não aconteça;, disse.

Segundo Renan, o que houve foi uma retificação. ;Não há um segundo veto nem poderia haver porque o prazo já foi encerrado. De modo que nós fizemos a leitura prudentemente e hoje vamos realizar a votação;, reforçou o presidente do Congresso. Além dos votos contrários à derrubada do veto de 126 parlamentares do Rio de Janeiro, Espírito Santo e de São Paulo, deputados e senadores de estados produtores estão conversando com colegas da Bahia, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e do Amazonas, que segundo eles, também perdem com a anulação do veto.

Outra estratégia, de acordo com Alessandro Molon, é convencer parlamentares do Pará e de Minas Gerais de que ;o feitiço pode virar contra o feiticeiro;, uma vez que, quando o Congresso for analisar a proposta que trata dos royalties da mineração, esses dois estados devem ser submetidos as mesmas regras sobre a redistribuição dos royalties do petróleo.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação