postado em 07/03/2013 11:51
Membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara elegeram na manhã desta quinta-feira (7/3) o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) como o presidente do colegiado. Acusado de homofobia e racismo por defensores de direitos de homossexuais e negros, ele recebeu 11 dos 12 votos. Um voto foi branco.Após a divulgação da votação, o parlamentar disse que ficou triste ao ser taxado de criminoso. "Se fosse racista tinha que pedir desculpa a minha mãe, que tem sangue, lábios e coração negro", afirmou.
Antes da votação, deputados do PT e do PSOL deixaram a reunião em protesto pela indicação do pastor. O ex-presidente da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA), disse que vai convocar a sociedade para protestar contra a eleição de Feliciano.
Durante o discurso de Feliciano, um funcionário da Câmara apontou o dedo contra Feliciano e gritou, "é uma imoralidade o senhor aí". Em seguida, saiu da sessão. Em protesto ao resultado da eleição, o PSOL anunciou que vai colher assinaturas para criar Frente Parlamentar em Defesa da Dignidade Humana e Contra a Violação de Direitos.
Manifestantes também protestaram contra o resultado da eleição que elegeu Feliciano. Eles deitaram no chão da Câmara dos Deputados.
O deputado João Campos (PSB-GO), presidente da bancada evangélica, defendeu o deputado. ;Houve ataques contra os direitos humanos, em uma torcida organizada", lamentou.