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Líder do PMDB se diz vítima de estelionatário e contesta ação penal no STF

Para o Ministério Público Federal, o deputado apresentou documento falso para suspender processo em andamento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que apurava sua gestão na Companhia Estadual de Habitaçã (Cehab-RJ)

postado em 21/03/2013 19:50
O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), criticou nesta quinta-feira (21/3) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acatou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa o parlamentar de ter apresentado documentos falsos. Por 6 votos a 3, a Corte decidiu que Cunha será réu em ação a ser julgada pelos ministros.

Em nota, o líder peemedebista diz que foi vítima de um estelionatário, mas que confia na decisão final da Justiça. ;Fui vítima do malfeito de um estelionatário já condenado, em função do meu testemunho de acusação. O condenado em questão, um ex-procurador do Ministério Público (MP-RJ), mencionado no inquérito, foi julgado e, graças ao meu testemunho à Justiça, condenado por ter falsificado vários documentos;, defendeu-se Cunha.



Para o Ministério Público Federal, o deputado apresentou documento falso para suspender processo em andamento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que apurava sua gestão na Companhia Estadual de Habitaçã (Cehab-RJ). A apresentação dos documentos falsos levou à suspensão do processo no tribunal, beneficiando o deputado fluminense.

Na nota, Eduardo Cunha acrescentou que, como testemunha, contribuiu para a demissão do ex-procurador ;fraudador;. Segundo ele, outras pessoas também foram prejudicadas pelo então procurador estadual. ;Como poderia imaginar ser falso um documento oficial do MP fornecido por um procurador? Se não fosse o documento original por mim entregue ao MP e à Justiça, não se teria provado a sua falsificação;, ponderou.

O deputado pontuou ainda que a decisão do STF não representa sua condenação. ;Confio na decisão final da Justiça, que concluirá pelo despropósito da acusação;.

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