postado em 23/03/2013 06:05
Uma disputa de bastidores entre integrantes das quatro carreiras do Ministério Público da União (MPU) acirrou o clima da campanha pela sucessão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Insatisfeitos por não poderem participar da votação da lista tríplice que a cada dois anos é enviada ao Palácio do Planalto, integrantes dos ministérios públicos Militar (MPM), do Trabalho (MPT) e do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) uniram-se para votar uma lista conjunta, que será apresentada à presidente Dilma Rousseff como alternativa à relação da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
O atrito entre os diferentes ramos do MPU, com o consequente envio de mais de uma lista para a presidente, tem potencial para enfraquecer a eleição tradicionalmente realizada e pode servir de pretexto para Dilma ; que anda insatisfeita com Gurgel, que virou persona non grata ao PT ; não escolher nenhum dos nomes que serão sugeridos. Duas das procuradoras mais cotadas para o cargo, ambas auxiliares diretas de Gurgel, também
já provocaram incômodo à presidente.