As pressões de manifestantes, de deputados e até do presidente da Câmara ainda não foram suficientes para tirar o deputado Marco Feliciano do comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Depois de uma semana de mistério, o PSC anunciou ontem o veredicto da legenda sobre o caso: o pastor fica no cargo. Para justificar a posição, que contraria o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o partido alegou que Feliciano não é ficha suja nem homofóbico nem racista. A decisão acirrou o clima de confronto e, na próxima terça-feira, líderes partidários vão se reunir com o pastor para pedir mais uma vez que ele se afaste da comissão. Mas o partido de Marco Feliciano bateu o pé e não abre mão de dar a última palavra sobre a polêmica.
O comando do PSC cobrou abertamente apoio do PT e do governo, alegando que os integrantes da legenda estão ao lado dos petistas desde 1989, quando Luiz Inácio Lula da Silva disputou a primeira eleição à Presidência. Hoje à tarde, o pastor vai presidir a terceira sessão à frente da comissão e deve enfrentar novos protestos. Em uma demonstração de que está decidido a ficar no comando do colegiado, anunciou que fará hoje, às 9h, uma visita à Embaixada da Indonésia para pedir clemência por condenados a morte, entre eles dois brasileiros.