Politica

Deputado do PPS pede que Conselho de Ética da Câmara investigue Feliciano

Jordy quer que sejam apuradas denúncias de que Feliciano utilizou funcionários de seu gabinete na Câmara para fazer a defesa dele em processos de homofobia na Justiça

postado em 28/03/2013 19:26
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) vai entrar, na terça-feira (2/4), com representação contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Pastor Marco Feliciano (PSC-SC), por quebra de decoro parlamentar. O deputado do PPS vai acionar o Conselho de Ética da Casa para que investigue o uso irregular de verbas da cota parlamentar de Feliciano.

Jordy quer que sejam apuradas denúncias de que Feliciano utilizou funcionários de seu gabinete na Câmara para fazer a defesa dele em processos de homofobia na Justiça. O PPS pretende propor aos demais deputados que compõem a Comissão de Direitos Humanos da Câmara que façam uma renúncia coletiva, de modo que uma nova eleição para presidente precise ser convocada.



A representação é mais uma ação para tentar retirar o pastor da presidência da comissão, o que tem provocado intenso desgaste político da Câmara com os movimentos sociais ligados a direitos de negros, mulheres e homossexuais. O Pastor Marco Feliciano é acusado de dar declarações racistas, sexistas e homofóbicas e, desde que assumiu a Comissão de Direitos Humanos, vem sendo alvo de diversos protestos. O último deles, na última quarta-feira (27/3), culminou com a prisão de dois manifestantes.

Para Jordy, Feliciano mandou prender quem ;exerce o direito de livre manifestação; e isso é incompatível com o cargo que ele exerce. ;Não vamos inverter as coisas. Esse presidente deu declarações claramente homofóbicas e que caracterizam preconceito de raça. Isso não foi desmentido. Então se alguém chama ele de racista não pode ser preso por expressar sua opinião;, disse Jordy.

O deputado do PPS alega que a situação na comissão está ;insustentável; e que os trabalhos estão ;completamente parados; desde que o pastor assumiu a presidência. ;Não se vota mais um requerimento, não se discute mais um projeto. Isso não pode continuar assim. A sociedade não elegeu deputados para isso. Ninguém aguenta mais esse tipo de coisa;, disse.

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