postado em 01/04/2013 07:14
Conhecidas como abrigos de apadrinhados e políticos sem mandato, as representações dos estados brasileiros em Brasília deixaram de ser vistas pelos governos como repartições de menor importância e passaram, na era Dilma, a agências de lobby a serviço dos governadores, que acionam cada vez mais os chefes de escritórios para bater à porta de ministros, representantes de estatais e congressistas. A redistribuição dos royalties do petróleo, a renegociação de dívidas com a União, o novo rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e a própria antecipação da campanha eleitoral atiçam a cobiça dos governos estaduais.
Retomada este ano no Congresso, a discussão sobre um pacto federativo que redistribuia a riqueza do país atraiu 16 governadores à Secretaria de Articulação Nacional de Santa Catarina, como é chamada a ;miniembaixada; do estado. Na reunião, o governador de Pernambuco, e potencial candidato à presidência em 2014, Eduardo Campos (PSB), pregou um estratégico acordo entre estados não produtores de petróleo sobre a partilha dos royalties. A espaçosa casa alugada, no Lago Sul, é um dos 26 escritórios em Brasília, que, ao longo do ano, irão receber outros encontros táticos.