Politica

Reunião para discutir permanência de Feliciano em Comissão é adiada

Depois de o presidente da Casa ter fracassado na tentativa de convencer o pastor a deixar o cargo, os líderes vão tentar demovê-lo da ideia de permanecer na presidência do colegiado

postado em 01/04/2013 12:25
A reunião do Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados para discutir a permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), marcada para terça-feira (2/4), foi transferida para a próxima semana. O adiamento ocorreu porque o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ficará em repouso esta semana devido a uma operação de hérnia abdominal, feita na última quinta-feira (28/4), em São Paulo.

Depois de o presidente da Casa ter fracassado na tentativa de convencer Feliciano a deixar o cargo, os líderes vão tentar demovê-lo da ideia de permanecer na presidência do colegiado. Na semana passada, as lideranças discutiram a possibilidade de esvaziar a CDHM como forma de pressionar Feliciano a renunciar.

No entanto, como o número de evangélicos na comissão é suficiente para deliberações, os líderes decidiram que vão tentar o diálogo com o pastor para mostrar que ele não tem condições políticas de exercer o cargo. Marco Feliciano é acusado de homofobia e racismo por ter postado em redes socais comentários ofensivos a gays e negros.


Mesmo antes de sua eleição para a presidência da comissão, o parlamentar vem sendo alvo de protestos de grupos defensores dos direitos dos homossexuais, dos negros, artistas e políticos. O pastor pediu desculpas pelos comentários,

[SAIBAMAIS]Duas das três reuniões da CDHM comandadas por Feliciano tiveram que ser canceladas devido a protestos de manifestantes contrários à permanência do pastor na presidência do colegiado. Na terceira reunião, Feliciano pediu aos seguranças da Câmara que prendessem um manifestantes que o chamou de racista.

No mesmo dia, outro manifestante contrário ao pastor foi detido pela segurança da Casa quando protestava próximo ao gabinete de Feliciano. Na ocasião, também foi necessária a mudança de sala e o fechamento da sessão ao público para que a reunião da comissão, convocada para debater a contaminação por chumbo do solo da cidade baiana de Santo Amaro da Purificação, pudesse se realizada.

Marco Feliciano tem dito que não pretende renunciar à presidência. Esta semana ele deve ir à Bolívia para averiguar a situação dos corintianos presos na cidade de Oruro. Eles são acusados da morte de um torcedor boliviano, atingido por um sinalizador durante um jogo, em fevereiro.

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