postado em 03/04/2013 16:18
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta quarta-feira (3/4), um requerimento que torna as reuniões do colegiado "abertas, porém restritas". Na prática, a proposta do presidente do grupo, Marco Feliciano (PSC-SP), proíbe a presença de manifestantes contrários à permanência dele nas reuniões da comissão.Apenas parlamentares, assessores dos deputados e a imprensa poderão assistir às reuniões do grupo. Segundo Feliciano, ele se baseou no artigo 51 do regimento da Casa que diz que as comissões podem criar regras próprias de funcionamento para garantir o "bom andamento" das reuniões.
"Faço isso com o coração sangrando", disse o pastor, alegando que os protestos estão atrapalhando o funcionamento da comissão. O deputado não enfrentou qualquer oposição à proposta. Outros parlamentares do grupo usaram o microfone para apoiar a proposta.
Na tarde desta quarta-feira (03/4) , a reunião já ocorre sem a presença dos grupos contrários a Feliciano. Eles protestam em frente à porta fechada do plenário em que ocorre a reunião. "Opressão, opressão", gritaram depois da proposta de Feliciano ser aprovada.
Também na porta da comissão estão apoiadores de Feliciano, que, com a Bíblia na mão, enfrentam os manifestantes contrários. Eles carregam faixas. Entre elas, uma diz: "Mulher x mulher = nada. Homem x homem = nada. Mulher x homem = filho".