Politica

Maria do Rosário diz que declarações de Feliciano incitam o ódio

"As declarações que motivam a intolerância devem ser pensadas com muita responsabilidade pública por todas as autoridades e todo o país", disse a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

postado em 08/04/2013 14:45
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, disse, na manhã desta segunda-feira, que a ;Câmara ou o Ministério Público; encontrará uma solução em relação à permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa. ;Porque incitar a violência e o ódio é atitude ilegal, inconstitucional e as autoridades também estão sujeitas às autoridades da lei;, disse, em referência às declarações supostamente homofóbicas e racistas do pastor.

[SAIBAMAIS] A ministra alegou que o governo federal não pode fazer nenhuma intervenção para ;dizer o que a Câmara deve fazer;. ;Mas, sem dúvida, as declarações que motivam a intolerância devem ser pensadas com muita responsabilidade pública por todas as autoridades e todo o país, porque o Brasil conquistou a convivência entre diferentes como grandes aspectos da democracia;, afirmou, depois de evento em memória das vítimas do Holocausto no Senado.



Para Maria do Rosário, ;é lamentável que a cada dia nos deparamos com mais um pronunciamento, intervenção que incita o ódio, o preconceito, já ultrapassa as barreiras da comissão da Câmara e diz respeito a todos nós brasileiros;. Feliciano está na presidência da comissão há mais de um mês. Ele promete participar, amanhã, de reunião com lideranças da Casa, em que escutará apelos para deixar o comando do colegiado.

;Amamos os homossexuais"
No outro lado do Congresso, foi feita, também na manhã desta segunda-feira, uma homenagem à Igreja Evangélica Assembleia de Deus, com várias referências à polêmica presidência de Feliciano. O deputado Takayama (PSC-PR), que presidia o evento, fez uma forte defesa da permanência do correligionário no comando da Direitos Humanos. Segundo, ele ;estão tentando; vincular os evangélicos a uma ;pecha; de que não gostam de gays.

;Nós amamos os homossexuais. Não concordamos com a prática;, disse, alegando que quando outros grupos presidiam a comissão, os evangélicos nunca se opuseram. Ao defender Feliciano, Takayama foi aplaudido pela plateia. No entanto, não foi unanimidade. Algumas pessoas só observaram. Milhares de pastores estão em Brasília para participar de um encontro nacional da Assembleia de Deus, que ocorre durante a semana.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação