postado em 12/04/2013 06:02
Por falta de acordo, a votação da reforma política, que patina no Congresso há pelo menos dois anos, foi enterrada de vez nesta semana, segundo os próprios parlamentares. Mas os partidos assumem iniciativas paralelas para votar temas de interesse próprio. A última manobra foi incluir na pauta do plenário, de surpresa, o projeto que proíbe novas siglas de terem acesso ao Fundo Partidário e a tempo de tevê antes das eleições, o que enfraqueceria a legenda que Marina Silva tenta criar. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou a tentativa de votar a proposta um erro, mas o tema deve voltar à pauta nas próximas semanas.O conjunto de proposições inseridas na reforma política entrou na pauta da última terça-feira, mas nenhuma teve condições de ser votada. ;O plenário revelou que não quer votar essa reforma, vamos ter que encontrar outro caminho;, admitiu Henrique Alves. O PT foi o primeiro a iniciar uma corrida para que temas específicos fossem pautados de formas alternativas. Na noite de quarta-feira, a bancada se juntou ao PMDB para que o requerimento de urgência do projeto sobre o Fundo Partidário fosse incluído na pauta no fim da noite, mesmo sem ter sido discutido no colégio de líderes. A manobra foi efetivada pelo vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), que colocou o assunto para ser votado quando assumiu o comando da sessão.