Politica

Conselho instaura processo contra acusado de ter relação com Cachoeira

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abre processo contra o deputado Leréia nesta quarta-feira (15/4)

postado em 15/04/2013 18:55
Deputado Carlos Alberto Leréia, acusado de ter relações com o contraventor Carlinhos CachoeiraO Conselho de Ética e Decoro Parlamentar se reúne na quarta-feira (17/4), a partir das 14h30, no Plenário 11, para instaurar processo disciplinar contra o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), acusado de ter relações com o contraventor Carlos Augusto de Oliveira Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O processo foi encaminhado pela Mesa Diretora da Câmara.

O parecer do relator do procedimento administrativo, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), pediu a abertura de processo disciplinar contra Leréia por entender que houve quebra de decoro parlamentar nas suas relações com Cachoeira. Os integrantes da Mesa aprovaram unanimemente o parecer, em 19 de dezembro passado.

Segundo Goergen, ;a relação comercial, com ganhos, entre Leréia e Cachoeira não é compatível com o mandato parlamentar;. De acordo com o relator, Leréia teria alertado Cachoeira sobre uma investigação policial em trânsito, além de o parlamentar possuir uma aeronave em sociedade com o contraventor e usar telefone e cartão de crédito de propriedade de Cachoeira. Ele ressaltou ainda que Leréia não negou a relação.



Parecer de CPMI não influiu
Goergen afirmou que a conclusão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira sobre a não responsabilização criminal do deputado Carlos Alberto Leréia não alterou suas convicções sobre a quebra de decoro parlamentar.

A CPMI de Cachoeira rejeitou o relatório oficial, do deputado Odair Cunha (PT-MG), que pedia o indiciamento ou a responsabilização criminal de 37 pessoas, entre elas o deputado Carlos Alberto Leréia. ;A CPMI nasceu para não dar em nada;, opinou Goergen. ;Tenho a satisfação de ser relator do único caso que avançou envolvendo Carlos Cachoeira;, completou.

Goergen recomendou a cassação de Leréia, mas a decisão sobre a quebra do decoro parlamentar e a pena aplicável caberá ao Conselho de Ética. ;Enquanto existir o voto secreto, temo que a cassação possa não ocorrer;, destacou o relator.

Eleição
Na mesma reunião, o Conselho de Ética também elegerá o 1; e o 2; vice-presidentes do colegiado.

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