Paulo de Tarso Lyra
postado em 16/04/2013 06:00
A fusão do PPS com o PMN, que será formalizada amanhã de manhã, abre a possibilidade de um novo apoio à pré-candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB). A simples reunião das duas legendas vai contar com uma bancada de 13 parlamentares, mas a expectativa é que esse número possa chegar a algo entre 20 e 30 deputados. Campos e o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), conversaram intensamente nos últimos meses. Freire não esconde a admiração pelo governador de Pernambuco. "Poderia dizer que hoje, majoritariamente, a nossa tendência seria apoiar Eduardo. Mas, evidentemente, precisamos ouvir os companheiros da nova legenda e esperar para saber se ele (Eduardo) será, de fato, candidato à Presidência", declarou Freire, ao Correio.
Outra dúvida em torno da criação do futuro partido é se parlamentares de outras agremiações poderão aderir à legenda sem perder os respectivos mandatos por descumprimento à lei da fidelidade partidária. "Nessas situações (fusões ou incorporações), a porteira só abre para fora, não abre para dentro", disse o secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz. "Os insatisfeitos podem sair, mas quem quiser deixar a atual legenda para migrar para o novo partido poderá ter o seu mandato questionado na Justiça", completou. A preocupação de Queiroz é concreta: a estimativa é que 15 dos 48 deputados pessedistas possam mudar de partido.
Freire rebate essa interpretação. Para ele, nos casos em que há uma fusão partidária, um novo partido é criado. Por isso, valem as regras que norteiam a criação de uma agremiação política. "Não vou falar de adesões porque isso depende da consciência de cada um. Mas o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já definiram essa questão. A conclusão é a mesma, basta seguir a lei", assegurou Freire.