Politica

Marco Feliciano mais uma vez realiza reunião na CDH a portas fechadas

O pastor e seus assessores chegaram a anunciar que a reunião ocorreria aberta

postado em 17/04/2013 15:15

Feliciano teve que pedir aos seguranças para tentar isolar os manifestantes que estavam do lado de fora da sessão atrapalhando a comissão

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados se reúne, na tarde desta quarta-feira (17/4), mais uma vez com as portas fechadas. Embora os assessores do deputado e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) anunciarem que a reunião ocorreria aberta, apenas índios, convidados para debater uma operação da Polícia Federal em uma aldeia no Pará, puderam entrar. Ao lado de fora, manifestantes a favor e contra Feliciano fazem bastante barulho, o que atrapalha sessões de outras comissões.

[SAIBAMAIS] Os evangélicos são maioria, na tarde desta quarta, e enfrentam, com louvores religiosos, os gritos de protesto de movimentos sociais contrários à permanência de Feliciano na presidência do colegiado. Os dois grupos foram barrados da reunião dos Direitos Humanos. "A audiência é pública", gritam os manifestantes. A comissão debate hoje a situação dos índios Munduruku, no Pará, que reclamam de ação da PF contra garimpo ilegal que acabou os atingindo.

Feliciano tenta ignorar os protestos. Em apenas um momento pediu aos seguranças para tentar isolar os manifestantes, numa tentativa de diminuir o barulho que fazem nos corredores da Câmara.



Momentos antes da audiência, a Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, que foi formada por parlamentares contrários à permanência de Feliciano na presidência, decidiu, na tarde desta quarta, uma debandada da Comissão de Direitos Humanos. Os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Domingos Dutra (PT-MA), Érika Kokay (PT-DF), Luiza Erundina (PSB-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ) decidiram entregar os cargos numa tentativa de inviabilizar os trabalhos do colegiado. Mas como a comissão é formada por maioria que apóia Feliciano, o calculo é que a tentativa não terá efeito.

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