postado em 17/04/2013 16:58
O plenário da Câmara dos Deputados discute desde as 11h da manhã desta quarta-feira (17/4), mas sem acordo, o projeto que restringe a criação de partidos, impedindo que parlamentares que migrem para novas legendas levem junto a fatia do fundo partidário e do tempo de TV que lhes cabe. O requerimento de urgência para análise da matéria foi aprovado na noite de terça (16/4).O tema controverso afeta diretamente as eleições de 2014. A proposta, se aprovada, dificulta a criação do partido Rede de Sustentabilidade, comandado pela ex-senadora Marina Silva, e a fusão do PPS com o PMN, oficializada hoje pela manhã e que pode resultar em uma sigla de apoio ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Com as novas regras, eles ficariam praticamente sem recursos e espaço na propaganda eleitoral.
[SAIBAMAIS]O PPS, o PSB e o PSDB apresentaram 12 requerimentos ao longo do dia para retirar o projeto da pauta ou adiar a discussão. O PT, maior interessado em ver o tema aprovado, apresentou um pedido para agilizar a votação. As bancadas contrárias, no entanto, utilizaram diversos artifícios para protelar a análise. A sessão que já durava cinco horas teve que ser prorrogada, sem previsão de um entendimento.
A discussão foi interrompida somente quando um grupo de cadeirantes pressionou o plenário a votar um projeto que reduz a idade e o tempo de serviço de aposentados com deficiência. O presidente da Câmara, henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convidou o grupo a entrar no plenário e iniciou a votação do tema.