postado em 25/04/2013 15:30
Buenos Aires ; As presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, passam esta tarde reunidas com principais ministros, para discutir investimentos e tentar destravar as relações comerciais entre os dois países. Dilma desembarcou na capital Argentina às 13h30, com quase duas horas de atraso em relação ao previsto.
No encontro desta quinta-feira (25/4), que deve durar até as 18h, as duas chefes de governo vão coordenar posições antes da cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul), marcada para junho, em Montevidéu.
A Cúpula de Montevidéu será a primeira desde as eleições presidenciais de domingo (21/4) no Paraguai, e a reinserção do país no Mercosul é um dos principais temas da pauta. O Paraguai foi suspenso do bloco em junho do ano passado, depois que o Congresso, de maioria oposicionista, destituiu o então presidente Fernando Lugo.
Apesar de o impeachment estar previsto na Constituição paraguaia, os governos sul-americanos questionaram a forma e a rapidez como foi realizado o processo: em 48 horas, Lugo foi julgado e substituído pelo vice-presidente, Federico Franco, do Partido Liberal. Por isso, o Brasil, a Argentina e o Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco até a realização das eleições e a posse do novo presidente, prevista para 15 de agosto.
O recém-eleito presidente do Paraguai, Horacio Cartes, foi convidado pelo presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, para participar da cúpula, mas disse que não irá. Em entrevista na segunda-feira (22/4), Cartes explicou que seria uma ;descortesia; com Franco, cujo mandato termina em agosto e que foi excluído de todas as reuniões do Mercosul.
Cartes é do Partido Colorado, que uniu-se ao Partido Liberal Radical Autêntico, de Franco, para destituir Lugo.
Durante o período de suspensão do Paraguai, o Brasil, a Argentina e o Uruguai decidiram incorporar a Venezuela ao Mercosul. A decisão foi tomada à revelia do Congresso paraguaio, que sempre vetou a entrada da Venezuela no bloco e considerou Nicolás Maduro, na época chanceler venezuelano, persona non grata, por considerar que ele estava interferindo na política interna do país. Porém, Maduro foi eleito presidente da Venezuela no dia 14 de abril e vai presidir a cúpula do Mercosul no fim do ano, em Caracas.
Além do chanceler Antonio Patriota, participam da reunião entre Dilma Rousseff e Cristina, Kirchner, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, o secretário-geral do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, a secretária de Comunicação, Helena Chagas, a presidenta da Petrobras, Graça Foster; e o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Incluído na comitiva argentina, o governador de Mendoza, Francisco Perez, disse que vai conversar com Dilma sobre a mineradora Vale, que suspendeu as atividades de exploração de potássio no Rio Colorado, na província de Mendoza. O projeto, orçado inicialmente em US$ 4 bilhões, está estimado atualmente em US$ 11 bilhões. A Vale alega que não tem como arcar com o aumento exagerado dos custos, provocado pela inflação na Argentina e pela depreciação do peso em relação ao dólar.
Oficialmente, a inflação anual na Argentina não chega a 11%, mas economistas independentes e sindicatos dizem que o custo de vida passa de 25%.
Outra empresa brasileira, a Petrobras, iniciou, há dois anos, a venda de parte de seus ativos na Argentina. No encontro de hoje, Dilma e Cristina devem discutir ainda o novo acordo automotivo e as barreiras comerciais que afetam alguns setores, como o de calçados e a chamada linha branca de eletrodomésticos. O atual acordo automotivo vence em junho.
No encontro desta quinta-feira (25/4), que deve durar até as 18h, as duas chefes de governo vão coordenar posições antes da cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul), marcada para junho, em Montevidéu.
A Cúpula de Montevidéu será a primeira desde as eleições presidenciais de domingo (21/4) no Paraguai, e a reinserção do país no Mercosul é um dos principais temas da pauta. O Paraguai foi suspenso do bloco em junho do ano passado, depois que o Congresso, de maioria oposicionista, destituiu o então presidente Fernando Lugo.
Apesar de o impeachment estar previsto na Constituição paraguaia, os governos sul-americanos questionaram a forma e a rapidez como foi realizado o processo: em 48 horas, Lugo foi julgado e substituído pelo vice-presidente, Federico Franco, do Partido Liberal. Por isso, o Brasil, a Argentina e o Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco até a realização das eleições e a posse do novo presidente, prevista para 15 de agosto.
O recém-eleito presidente do Paraguai, Horacio Cartes, foi convidado pelo presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, para participar da cúpula, mas disse que não irá. Em entrevista na segunda-feira (22/4), Cartes explicou que seria uma ;descortesia; com Franco, cujo mandato termina em agosto e que foi excluído de todas as reuniões do Mercosul.
Cartes é do Partido Colorado, que uniu-se ao Partido Liberal Radical Autêntico, de Franco, para destituir Lugo.
Durante o período de suspensão do Paraguai, o Brasil, a Argentina e o Uruguai decidiram incorporar a Venezuela ao Mercosul. A decisão foi tomada à revelia do Congresso paraguaio, que sempre vetou a entrada da Venezuela no bloco e considerou Nicolás Maduro, na época chanceler venezuelano, persona non grata, por considerar que ele estava interferindo na política interna do país. Porém, Maduro foi eleito presidente da Venezuela no dia 14 de abril e vai presidir a cúpula do Mercosul no fim do ano, em Caracas.
Além do chanceler Antonio Patriota, participam da reunião entre Dilma Rousseff e Cristina, Kirchner, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, o secretário-geral do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, a secretária de Comunicação, Helena Chagas, a presidenta da Petrobras, Graça Foster; e o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Incluído na comitiva argentina, o governador de Mendoza, Francisco Perez, disse que vai conversar com Dilma sobre a mineradora Vale, que suspendeu as atividades de exploração de potássio no Rio Colorado, na província de Mendoza. O projeto, orçado inicialmente em US$ 4 bilhões, está estimado atualmente em US$ 11 bilhões. A Vale alega que não tem como arcar com o aumento exagerado dos custos, provocado pela inflação na Argentina e pela depreciação do peso em relação ao dólar.
Oficialmente, a inflação anual na Argentina não chega a 11%, mas economistas independentes e sindicatos dizem que o custo de vida passa de 25%.
Outra empresa brasileira, a Petrobras, iniciou, há dois anos, a venda de parte de seus ativos na Argentina. No encontro de hoje, Dilma e Cristina devem discutir ainda o novo acordo automotivo e as barreiras comerciais que afetam alguns setores, como o de calçados e a chamada linha branca de eletrodomésticos. O atual acordo automotivo vence em junho.