Politica

Aprovação da PEC 33 esquenta a disputa entre o Legislativo e o STF

Em um dia marcado por declarações fortes entre parlamentares e ministros do Supremo, presidente da Câmara suspende tramitação da PEC que dá ao Congresso o poder de barrar decisões do STF

Juliana Braga
postado em 26/04/2013 06:05
Renan e Henrique passaram a quinta-feira em reuniões para definir como o Congresso reagiria às críticas feitas à aprovação da PEC na CCJ

A crise institucional iniciada pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2011, que dá ao Legislativo a palavra final sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), se agravou ontem e, após declarações fortes de integrantes dos Três Poderes, levou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a suspender a tramitação do projeto. Ontem, após reunião, Henrique Alves e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), elevaram o tom e admitiram haver uma crise entre o Legislativo e o Judiciário. Renan e Henrique chamaram de "invasão" do STF no Congresso a decisão do ministro Gilmar Mendes de suspender a tramitação do projeto que dificulta a criação de partidos. Renan e Henrique entraram com um agravo regimental no Supremo contra a liminar do ministro.
[SAIBAMAIS]


Com a reação imediata e negativa de várias instâncias da República em relação à aprovação da PEC 33 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Henrique Alves anunciou que, "enquanto não tiver uma definição muito clara" sobre o assunto, está suspensa a criação da comissão especial que analisaria a proposta. O ministro Gilmar Mendes chegou a dizer que, se a medida for aprovada pelo Legislativo, será melhor "fechar" a Suprema Corte. "A PEC é inconstitucional do começo ao fim, de Deus ao último constituinte que assinou a Constituição. Eles rasgaram a Constituição. Se um dia essa emenda vier a ser aprovada, é melhor que se feche o Supremo Tribunal Federal", recriminou.

Em um dia marcado por declarações fortes entre parlamentares e ministros do Supremo, presidente da Câmara suspende tramitação da PEC que dá ao Congresso o poder de barrar decisões do STF

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