Politica

Planejamento e Receita tentam controlar o pagamento de auxílio-moradia

Triplicaram os gastos do governo com o benefício, que servidores usam indevidamente para pagar de tudo. De diaristas a tevê a cabo. Receita cruzará dados para apurar irregularidades

postado em 07/05/2013 09:28
[FOTO1]Os gastos do Executivo com indenização de moradia de servidores federais dispararam e atingiram R$ 152 milhões no ano passado, quase três vezes mais do que em 2010 e em 2011, quando a despesa anual ficou na casa dos R$ 58 milhões. Por trás de desembolsos tão altos, o governo suspeita que os funcionários estão turbinando o valor do aluguel coberto pelo auxílio-moradia, que é de R$ 1,8 mil por mês e está congelado há mais de cinco anos, com outras despesas não permitidas por lei.

O ritmo de desembolso de auxílio-moradia pelo Executivo neste ano também está acelerado. Até o último dia 29, já tinham sido concedidos R$ 46,7 milhões, conforme dados obtidos pelo Correio no Sistema Integrado de Administração do Governo Federal (Siafi). O que sinaliza que o ano fechará com gastos em torno de R$ 140 milhões.



Para conter o pagamento de forma indevida, o Ministério do Planejamento divulgou, no último dia 26, normas detalhadas sobre a concessão do benefício, ressaltando que a regalia só cobre o valor da locação ou da hospedagem propriamente dita, no caso de hotéis, não incluindo taxas de condomínio, de luz, de água nem Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Também não contempla faturas de telefonia, alimentação, bebidas e outras despesas acessórias, como a contratação de diaristas.

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