postado em 14/05/2013 18:05
A discussão sobre a MP dos Portos, na tarde desta terça-feira (14/5), precisou ser interrompida depois que um parlamentar ocupou o espaço no plenário da Câmara dos Deputados garantido à Mesa Diretora para exibir uma faixa em protesto ao governo federal. Enquanto os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Anthony Garotinho (PR-RJ) batiam boca no microfone, Toninho Pinheiro (PP-MG) subiu a escada de acesso à Mesa Diretora e ergueu uma faixa em que apontava que a União empenhou R$ 8,3 bilhões, em 2012, em restos a pagar (compromissos financeiros de outros anos) para a saúde.[SAIBAMAIS]Um segurança da Casa pediu para que o parlamentar deixasse o espaço, sob argumento de que o regimento da Câmara não permitia tais manifestações. Toninho disse que não sairia e foi, então, segurado pelo segurança, que tentou puxá-lo. Toninho não se deixou levar. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu, então, encerrar a sessão. Segundo Toninho, a União considera restos a pagar no cálculo da aplicação mínima que deve destinar à saúde. "Nas reuniões da bancada de Minas, Toninho sempre coloca a questão em debate. Estava muito indignado com a situação e resolveu tomar uma medida mais drástica", disse Júlio Delgado (PSB-MG).
Toninho acabou interrompendo uma briga entre Caiado e Garotinho. O deputado do Rio acusava colegas de cederem a pressões de empresários. Caiado rebateu e chamou Garotinho de "chefe de quadrilha". Garotinho respondeu, mais uma vez, fazendo uma referência indireta a Caiado. Ele disse que não abandona os amigos, "como algumas pessoas que andavam para cima e para baixo com o ex-senador Demóstenes Torres (sem partido)" e, depois, fingem que não o conhecem. Demóstenes acabou cassado depois que sua ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira se tornou pública.